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POR QUÊ: ANATOMIA DE UM BAIRRO

Tragédia anunciada

Em julho de 2014, um prédio de quatro andares desabou na rua Poeta José Sales Campos, no bairro Coroa do Meio, deixando o servente de pedreiro, Josevaldo da Silva, 24, sua mulher, Vanice de Jesus, de 31 anos, a enteada do pedreiro Ane Gabriele de Jesus, de 8 anos e o filho do casal de 11 meses, Ítalo Miguel soterrados por mais de 34 horas.

 

O prédio possuía um andar a mais do que o previsto pelo projeto original, segundo o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Sergipe (Crea-SE), Jorge Roberto Silveira, em entrevista ao portal de notícias, G1 Sergipe.

Após seis meses de investigação, a Polícia Civil condenou o engenheiro responsável pela obra e o casal de proprietários do prédio em construção, por homicídio culposo qualificado e lesão corporal. O delegado concluiu que o desabamento foi ocasionado por uma série de erros desde o projeto até a execução da obra.

 

O caso foi motivo de comoção nacional, no entanto, outros prédios encontram-se em situações de risco no bairro Coroa do Meio, assim como em outros bairros da capital. A Defesa Civil afirma tomar providências para realizar intervenções nos prédios ameaçados de desabamento, mas esbarra, muitas vezes, na dificuldade de entrar em contato com os proprietários ou de convencê-los dos riscos existentes.

 

Quanto aos prédios em construção, segundo o Código de Obras do Município de Aracaju, para que eventos como esse não se repitam, só recebe licença aquele que entregar uma petição para licença ou comunicação de obras, requerida pelo proprietário, despachante municipal ou seus prepostos devidamente registrados ou por procurador mediante exibição de procuração na forma da Lei, e subscrita pelo profissional responsável pela execução da obra.

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