ANATOMIA DE UM BAIRRO
QUEM
Perfil dos moradores do bairro
LUCAS, 24
Dentre tantas pessoas que se exercitam pelo calçadão e ciclovia da avenida Beira Mar, na 13 de Julho, uma chama atenção por seu ritmo de caminhar despretensioso e sem pressa. Este Sujeito é o Lucas Barbosa Carvalho, 24 anos. Mestrando em Antropologia na USP. Nascido em Aracaju, formado em Ciências Sociais pela UFS e morador durante muito tempo do bairro Farolândia, Lucas conta que sempre gostou de caminhar na avenida Beira Mar. Segundo ele, o que mais lhe agrada no local é a proximidade da natureza e o contraste desta com os prédios que estão em volta. “Essa é a maior marca da 13 de Julho”, ele continua. O antropólogo afirma ser comum esse tipo de situação em outras cidades do Brasil também, ele compara Aracaju com Fortaleza e São Paulo, ele conclui que a capital sergipana ainda consegue manter um certo equilíbrio, no entanto adverte que é preciso ter cuidado com o avanço desenfreado para que ele não prejudique ainda mais aquela aérea. Ao responder a pergunta: “Como descreveria 13 de Julho em poucas palavras?” ele é taxativo e sucinto: “Mangue!”. Lucas sente-se privilegiado por poder exercitar-se em um lugar onde ele pode manter o contato com a natureza.
JOÃO, 32
Morador do bairro 13 de Julho há 19 anos, João Manuel Roosevelt Menezes de Carvalho, 32 anos, comenta que o perfil dos moradores do seu condomínio mudou um pouco. “(Em meu condomínio) quase não moram mais jovens. A maioria se mudou ou cresceu e casou”, diz. Sobre o que mais lhe agrada no bairro, ele revela que é a segurança. “Aqui não ocorrem tantos assaltos e, atualmente, a presença da Polícia Militar foi reforçada. Moro aqui desde criança e sempre andei tranquilo pelas ruas, sempre me senti seguro e livre”. João também conta que o bairro, outrora tranquilo, deu lugar ao comércio. “A prática comum é vender a casa a uma construtora ou investidor e morar em algum apartamento. Já as construtoras e os investidores estão derrubando casas antigas e construindo galerias e mais galerias. Com isto, torna-se impossível estacionar carros na região e acaba-se o sossego por conta das buzinas e do intenso tráfego de carros pelas estreitas ruas do bairro”, relata. Além disso, para ele, o bairro, que até pouco tempo atrás foi palco do Pré-Caju, tem um outro grande atrativo: o calçadão da 13. Nele, as pessoas se exercitam e desfrutam de uma “beleza diferenciada na cidade”, como ele mesmo descreve.
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FERNANDO, 63
Para o senso comum, taxista é o profissional que conhece tudo e todos. O longo tempo que estes passam trabalhando em um mesmo ponto faz deles parte do cotidiano do bairro. Dos 30 anos que exerce a profissão, Fernando José Félix dos Santos, 63, trabalha no bairro 13 de Julho há aproximadamente 15. Para Fernando, muita coisa mudou nesses 15 anos, como: a população, as residências (que deram lugar a notáveis condomínios e galerias), a segurança, o trânsito (que apresenta constantes engarrafamentos). Pelo fato de ter se tornado um ambiente também comercial, seu Fernando explica que, além dos moradores, muitos trabalhadores circulam pelo bairro. Sobre a procura de taxistas ao longo dos anos, ele diz que uma melhoria é algo relativo já que a circulação no bairro muda conforme os meses. “Esse ano ficou ruim porque não vamos ter Pré-Caju aqui”, confidencia. O taxista revela que o evento aumentava a procura de táxis durantes os dias da folia.