ANATOMIA DE UM BAIRRO
QUEM
A pesca sempre foi mais que um ofício para o senhor de 71 anos que foi considerado e ainda é conhecido como um dos maiores pescadores da região.
Seu Barata sempre realizou a atividade com prazer e disposição até sofrer, há aproximadamente três anos, um Acidente Vascular Cerebral (AVC) que o impediu de continuar vivendo estripulias em cima de um barco. "Se eu pudesse ainda estava pescando", relata saudosista.
A pesca sempre foi mais que um ofício para o senhor de 71 anos que foi considerado e ainda é conhecido como um dos maiores pescadores da região.
Seu Barata, 71
Quem quiser ouvir histórias sobre aventuras no mar pode procurar Seu Barata no Mosqueiro. Pescador de Ponta do Mangue, região próxima a Pirambu- SE, Carlos Pereira dos Santos - nome de batismo de Seu Barata-, pescou durante mais de quarenta anos e viveu experiências que só um mestre da pescaria sabe contar.
Nos tempos de pescaria, Seu Barata saía diariamente para pescar ao lado dos amigos, da esposa ou mesmo sozinho e voltava pra casa com uma farta quantidade de peixes, o que traduzia o sustento da família. "Eu me orgulho de nunca ter dado um dia de trabalho a ninguém, sempre vivi da pesca", conta.
A figura que antigamente passava boa parte do tempo no alto mar, agora pode ser visto com frequência na Orlinha Pôr do Sol, contando pilherias e recordando as histórias vividas.
Originalmente construída de taipa, a casa de Dona Lourdes atualmente é uma mescla desse material com tijolos.
Dona Loudes conta que sua profissão de pesqueira foi oficializada por esse documento emitido pelo Ministério de Pesca e Aquicultura (MPA).
Nessa rede Dona Lourdes contempla os dias calmos e simples.
Originalmente construída de taipa, a casa de Dona Lourdes atualmente é uma mescla desse material com tijolos.
Dona Lourdes, 54
Símbolo de simplicidade, Dona Lourdes é marisqueira, artesã, dona de casa, mãe e avó. Aos 54 anos, ela vive com o seu esposo, seu Barata, à beira do rio Vaza Barris. Nascida e criada no Mosqueiro, Dona Lourdes conheceu a pesca desde cedo ao acompanhar sua avó na atividade pesqueira. Atualmente encontra-se impossibilitada de pescar por conta de uma trombose que lhe acometeu.
A realidade simples dessa marisqueira antiga do bairro contrasta bastante com a realidade experimentada ao seu redor. Das roupas simples penduradas no varal à entrada da casa cercada com arame farpado, tudo ali é simples como nadar no Rio que passa no quintal.
A única atividade mantida por Seu Diô atualmente é a coordenação do grupo de samba de coco que já faz parte da programação do bairro. Tradicionalmente o grupo se apresenta nos dias 23 e 24 de junho em comemoração ao São João.
Bastante conhecido pela simpatia e pelas atividades que desenvolve, Seu Diô recebeu o título de Personalidade do Mosqueiro em 2013.
Quem visita a casa do Seu Diô não precisa de muitas formalidades para entrar no seu terreiro, onde ele cria animais e possui uma rede estendida, denotando a simplicidade e o ar de "fique à vontade".
A única atividade mantida por Seu Diô atualmente é a coordenação do grupo de samba de coco que já faz parte da programação do bairro. Tradicionalmente o grupo se apresenta nos dias 23 e 24 de junho em comemoração ao São João.
Seu Diô, 64
“Mosqueirense” de nascença, Rosoaldo da Conceição é conhecido por essa comunidade como Seu Diô. Com 64 anos de idade, ele carrega um currículo de pescador, jogador de futebol, bombeiro e artista, sendo popular no bairro por organizar o samba de coco há 45 anos.
Seu Diô atuou pelo Vasco de Sergipe e disputou o campeonato do estado em 1973. Em 1977, entrou para o corpo de bombeiros, tendo se reformado em 1997. Além, disso, pescava e catava caranguejo. Segundo ele, mantia diversas atividades porque “gostava de estar com dinheiro no bolso”.
Satisfeito com a vida que leva, Seu Diô diz não ter do que reclamar, pois faz o que gosta e vive em harmonia com a comunidade.